quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Auto-estima versus individualismo


Nos últimos tempos, muito se tem falado sobre auto-estima. E, de alguma forma, homens e mulheres a tem desejado arduamente. No entanto, algumas pessoas confundem amor-próprio com individualismo e egoísmo. Ansiosas e empolgadas com a possibilidade de gostarem mais de si mesmas, assim como de reconhecerem com mais propriedade as suas qualidades, elas têm perdido a noção do equilíbrio entre dar espaço para que o outro seja ele mesmo e o seu próprio eu.

Tais pessoas passaram a valorizar a idéia de que devem amar-se como são e, especialmente, que merecem ser amadas exatamente da maneira que são. O resultado é que estão equivocando-se quanto aos conceitos de relacionamento, amor e felicidade.

Alguns dizem coisas do tipo: “Se fulano realmente me ama, deve aceitar-me como sou”. Existe uma enorme diferença entre aceitar o outro como ele é e engolir tudo o que este faz sem argumentar, sem colocarse, sem reagir a nada. Quando você diz “não vou mudar simplesmente porque fulano acha que estou errado”, sem ao menos refletir e considerar o que está sendo dito, não é sinal de amor-próprio, e sim de falta de humildade (além de arrogância).

Relacionamentos e amor são veículos importantes para que consigamos perceber nossas limitações e nossas dificuldades. Entretanto, se nos colocarmos como donos da verdade (ainda que tenhamos razão), tornamo-nos cegos para a oportunidade de reavaliar-nos, de ceder em alguns pontos e de admitir nossos enganos muitas vezes.

Precisamos ser mais flexíveis para perceber nossos enganos. Há momentos em que o outro tem razão. Quando nos permitimos reconhecer isso, podemos construir, por meio dos relacionamentos, a verdadeira autoestima, e não muros que nos distanciem das pessoas, tornando-nos prepotentes e bem pouco atraentes.

A auto-aceitação é um sentimento excelente, desde que inclua a noção de que cometemos erros e, principalmente, de que só podemos ser felizes se, na mesma medida, soubermos aceitar o outro com suas diferenças e opiniões. Foi o que o Senhor Jesus ensinou.

A lei do Senhor se resume em amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Este amar a si mesmo só pode ser de fato uma conquista rumo ao amadurecimento quando se compreende que não se pode crescer sem a presença das pessoas, sem a troca de experiências, sem ceder e argumentar, sendo flexível, na medida justa do respeito ao próximo.

Existe uma grande diferença entre individualidade — singularidade, nosso jeito de ser — e o individualismo — considerar apenas a nós mesmos, sem reconhecer a individualidade do outro, tornando-nos egoístas. Assim, passamos a repelir as pessoas, o que nos deixa solitários. É isto justamente que o diabo deseja e mais tem realizado.

Estamos inseridos em uma sociedade onde as pessoas só estão pensando e vivendo em função dos seus interesses. Alguns, caso julguem ser preciso, destroem os seus semelhantes. Leia o que está em Mateus 7.12.

Como conseqüência, temos visto o aumento dos transtornos afetivos, do divórcio, dos assassinatos, dos roubos, da impiedade. Em busca de uma auto-estima saudável, algumas pessoas estão tornando-se altamente egoístas, avarentas, insensíveis.

Que possamos cumprir a recomendação de Efésios 5.2a: Andai em amor, como também Cristo vos
amou.

Um forte abraço! 
  


FONTE MULHER VIRTUOSA SITE.

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