terça-feira, 14 de setembro de 2010

Anfetaminas



Quem nunca sonhou em se livrar de indesejáveis gordurinhas de forma indolor e sem sacrifício?
Percebe-se que muitas pessoas, insatisfeitas com seu corpo e na busca por resultados imediatos, recorrem a cirurgias plásticas e/ou tratamentos medicamentosos. Sendo assim, o uso de Anfetaminas, drogas sintéticas produzidas em laboratório, é um exemplo perigoso do tipo de alternativa “fácil” procurada na busca pela redução de peso. Por isso, considerando-a as anfetaminas como DROGAS, que geram tolerância e dependência química, listarei aqui suas propriedades, efeitos e conseqüências sobre o organismo.

As Anfetaminas são freqüentemente utilizadas por pessoas que querem reduzir o peso ou por indivíduos que querem permanecer acordados. Um exemplo clássico de uso dessa droga estimulante foi o dos soldados da Segunda Grande Guerra, em que eram administradas anfetaminas aos combatentes com o propósito de mantê-los acordados por mais tempo, com menos cansaço, sede ou fome e com maior força física e agressividade.

Para efeito de comparação, as anfetaminas incluem-se no grupo de drogas estimulantes, tais como: cocaína, crack e merla. Drogas essas com efeitos nocivos, capazes de modificar e alterar o comportamento do indivíduo, interferindo diretamente no Sistema Nervoso Central (SNC). E, apesar de as anfetaminas não serem vistas pela sociedade com tanto preconceito como o crack, por exemplo, produzem efeitos físicos que são tão prejudiciais quanto os gerados por qualquer outra droga.

Listaremos aqui alguns efeitos físicos que não são poucos e muito menos brandos:

• estados de alerta exagerado
• insônia
• hiperatividade
• falta de apetite
• sensações aumentadas ou distorcidas
• pupilas dilatadas
• rubor
• agitação
• boca seca
• disfunção erétil
• dor de cabeça
• taquicardia
• batimento cardíaco elevado
• aumento da pressão sanguínea
• febre
• suor
• diarréia
• constipação
• visão turva
• fala prejudicada
• tontura
• movimentos incontrolados
• tremor
• palpitações
• arritmia


Além desses efeitos listados acima, ao utilizá-la o indivíduo é capaz de fazer várias tarefas ao mesmo tempo, entretanto, não consegue concentrar-se em NENHUMA.
Seu uso exagerado, crônico e continuado pode gerar alucinações, estados de paranóia, convulsões, pele seca, acne, palidez, ataques cardíacos e degeneração de determinadas células do cérebro.

O uso dessa substância psicoativa pode gerar uma necessidade física ou psicológica de uso continuado - DEPENDÊNCIA QUÍMICA – e necessidade de doses cada vez maiores para obtenção do mesmo resultado – TOLERÂNCIA. Essa necessidade psicológica gerada advém do desejo de satisfação imediata em que, ao se perceber o “reforço positivo” / os resultados (o emagrecimento, por exemplo), ativa-se o “circuito de recompensa” do cérebro, mantendo dessa maneira o desejo pela droga em um ciclo compulsivo.

Não tão fácil de se livrar da dependência de uso das anfetaminas, o indivíduo ao perceber as conseqüências negativas e caso deseje reduzir ou interromper o uso sofrerá com SINTOMAS DE ABSTINÊNCIA, tais como: ansiedade, depressão, agitação, fadiga, sono excessivo, momentos de compulsão pela droga, apetite aumentado, psicose (que pode permanecer por até um ano) e pensamentos suicidas.
Sintomas esses que variam conforme as condições clínicas do indivíduo, tempo de uso, quantidade ingerida e história de abstinências anteriores.

Agora, pense um pouco, depois de conhecer as propriedades e reais conseqüências do uso das anfetaminas, você ainda quer utilizá-la?? Será que vale o risco ter alguns quilos a menos??

Forte Abraço,
Sofia Lisboa
Psicóloga Clínica Serena de Psicologia

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